Entidades Civis de São Gonçalo pedem socorro
A Audiência Pública para discutir os Dois anos
da Lei Brasileira de Inclusão reuniu mais de cem pessoas no plenário da Câmara
Municipal de Vereadores de São Gonçalo nessa segunda-feira (4). Estiveram
presentes a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), a Associação
Brasileira de Assistência ao Excepcional e o Conselho Municipal da Pessoa Com
Deficiência de São Gonçalo (COPEDE), o Centro de Integração Analice Nunes
(CIAN), além de autoridades como a vice-presidente da Comissão da Pessoa com
Deficiência da ALERJ, deputada Fatinha, a subsecretária municipal da Pessoa com
Deficiência Tânia Loyola e os vereadores Bispo Salvador e Mariola.
O evento foi presidido pelo presidente da
Comissão Permanente em Defesa da Mulher, do Idoso, da Criança, do Adolescente e
do Deficiente Físico da Câmara Municipal, vereador Dr. Armando Marins. A
palestra que norteou os trabalhos ficou por conta do advogado especialista em Políticas
Públicas Cleiton Monteiro. Segundo os dados apresentados pelo palestrante, a
violência urbana é a maior causadora das deficiências nas pessoas. Segundo ele
45 milhões de brasileiros sofrem com algum tipo de deficiência e desses 48% são
deficientes visuais.
Durante os debates as instituições civis
pediram mais atenção das autoridades municipais e estaduais: “Essa cidade tem
que se fazer presente na hora em que o povo precisa”, disse a presidente da
ABRAE, Graça Pinho. A deputada Fatinha explicou que em uma sociedade inclusiva
a pessoa é o centro dentro das politicas públicas e se colocou à disposição
para ajudar as instituições de São Gonçalo junto ao Estado.
Já a presidente da APAE Javanira Vieira de Lira
desabafou: “A APAE precisa de tudo, estamos pedindo socorro! Espero que a
partir de hoje consigamos algo melhor,” disse Javanira. O presidente do COPEDE
Carlos Raymundo de Castro fez um apelo aos vereadores: “Que esta casa faça
alguma coisa por nossas instituições. A gente precisa de verba. Todas as
instituições estão sendo fechadas. Precisamos dos vereadores para fiscalizar as
denúncias”, solicitou Carlos Raymundo.
O ponto alto da audiência foi protagonizado
pela menina Maria Luiza Cabral de cinco anos. Portadora do autismo, Luiza
emocionou a todos ao fazer a leitura do texto “Quantos tipos de flores
existem?” Ela terminou a leitura citando o educador Pulo Freire: “A inclusão
acontece quando se aprende com as diferenças e não com as igualdades.”
As propostas tiradas na audiência foram
listadas em um documento que será encaminhado às autoridades competentes:
1-
Encaminhar documento ao Poder Exigindo o pagamento às Instituições atrasados,
muitas delas ainda não receberam um mês sequer este ano, ainda, solicitando que
o prazo contratual de pagamento seja respeitado segundo a Lei 8.666/93.
2- Protocolar
junto a Secretária de Estado de Transportes um documento solicitando a
regularização da emissão do Vale Social (passe livre)
3- Emitir
documento a Secretaria Municipal de Transportes solicitando maior fiscalização
do Transporte público exigindo o cumprimento da acessibilidade.
4-
Encaminhar ao Poder Executivo Municipal documento, solicitando informações
acerca do Plano Municipal de Acessibilidade e sua previsão de execução na
cidade.
5-
Solicitar à prefeitura a cópia de todos os contratos com as Instituições de
pessoas com deficiência e a revisão do valor da per capta.
Audiência Pública para discutir Lei Brasileira de Inclusão lota plenário da Câmara
Reviewed by
Dr. Armando Marins
on
09:47:00
Rating:

Nenhum comentário :